quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bicho Preguiça

CLASSIFICAÇÃO CIENTÍFICA:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Superordem: Xenarthra
Ordem: Pilosa
Família: Bradypodidae
Megalonychidae


INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
O bicho-preguiça é um mamífero com hábitos de vida noturnos.
Podemos encontrar estes animais em florestas tropicais da América do Sul, América Central e Mata Atlântica
Vive em pequenos grupos, embora possuam vários hábitos solitários
Possui grandes garras, utilizando-as para subir e permanecer na copa de árvores de grande porte
Sua alimentação baseia-se em folhas, raízes, brotos de algumas espécies de árvores e frutos
Dorme aproximadamente 14 horas por dia, pendurado nas árvores
Um animal saudável costuma viver entre 30 e 40 anos
Descem do topo das árvores apenas uma vez por semana com o objetivo de fazer suas necessidades fisiológicas
Existem várias espécies, divididas em duas famílias: Bradypodidae (possuem três dedos em cada braço) e Megalonychidae (dois dedos)
Esta espécie animal orienta-se principalmente pelo olfato, pois seu sistema visual não é muito desenvolvido

CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
:
Cor: cinza claro com machas pretas, marron ou branca
Peso: em média de 4 a 6 kg
Comprimento: aproximadamente 70 cm (contando a cauda)
Gestação: 120 a 180 dias

Alimentação e reprodução

As preguiças têm dentes rudimentares ou incompletos quando comparados com os dentes de outros mamíferos, como os humanos. Os dentes das preguiças não têm esmalte, são extremamente fracos e se desgastam com facilidade. As preguiças já nascem com os dentes e paraBradypus torquatus são 18: dez na arcada superior e oito na arcada inferior (Fonte: Azarias).

Os dentes não possuem uma raiz verdadeira, a dentição é permanente e o crescimento é contínuo – à medida que o dente se desgasta com o uso ele vai crescendo um pouco mais. Todos os dentes se parecem com molares e servem para esmagar ou amassar, de preferência tecidos moles. Esta característica de dentes rudimentares molariformes era o motivo pelo qual estes animais faziam parte da antiga ordem Edentata que significava desdentados. Os tatus e tamanduás também fazem parte desta ordem. O nome da atual ordem Xenarthra se deve a presença de uma articulação especial – xenartria - nas vértebras lombares que não ocorre nos demais mamíferos.

Animais com dentes rudimentares como descritos acima não podem ter uma dieta variada, com itens considerados duros ou resistentes. Por isso as preguiças são exclusivamente herbívoras e comem preferencialmente folhas, flores, brotos, talos verdes e frutos, de poucas espécies de árvores. As embaúbas, as ingazeiras e as figueiras são as principais árvores usadas pelos bichos-preguiça para se alimentar e se abrigar.

Os alimentos consumidos pelas preguiças não têm muitas calorias para oferecer, um dos motivos que fazem destes animais tão lentos: eles estão sempre tentando economizar toda a energia possível.
Devido à grande quantidade de tanino que existe nos alimentos das preguiças, o  processo de digestão envolve duas etapas distintas: a extração de energia dos alimentos consumidos e um processo de desintoxicação.  O aparelho digestivo é parecido com o dos ruminantes (animais com estômago dividido em compartimentos) e possui quatro divisões. A diferença é que os ruminantes como as girafas têm um sistema diferente já que deposita no estômago e depois voltam a mastigar.  As preguiças, não. Elas têm uma rica flora bacteriana – as bactérias são realmente quem consegue digerir a massa vegetal ingerida, quebrando a celulose e liberando energia. Todo este processo é muito demorado. O alimento passa lentamente de uma câmara do estômago para a outra. A passagem do alimento digerido pelo intestino – muito longo e que pode representar 30% do peso do animal – também ocorre muito lentamente possibilitando que o máximo de nutrientes e energia seja absorvido pelo organismo do bicho-preguiça.

Como as preguiças conseguem pouca energia dos alimentos que consomem, elas têm o metabolismo muito baixo, aproximadamente 70% inferior aos níveis de metabolismo de outros mamíferos com estrutura parecida (peso e tamanho). Ser lento, no caso das preguiças, é questão de sobrevivência.

Reprodução

bicho-preguiça
Steffen Foerster © istockphoto.com
A mãe de um bicho-preguiça cuida do filhote até os nove meses em média
 A maturidade ­sexual ocorre mais ou menos aos três anos de vida. A cópula (ou ato sexual) dura entre três e cinco minutos. O tempo de gestação varia entre as espécies sendo de seis meses para Choloepus didactylus até 11 meses para Bradypus torquatus. A fêmea grávida gasta um pouco da energia que obtêm para manter sua temperatura cerca de 3ºC acima da do ambiente e  garantir um melhor desenvolvimento do embrião. A mãe carrega o filhote nas costas e na barriga, alimentando-o e protegendo pelos primeiros nove  meses de vida (variável entre as espécies). O filhote herda parte do território da mãe. 

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